Você, que segue fielmente as redes sociais @HandmaidsBrasil, muito provavelmente já deve ter se deparado com algum texto escrito assim: "Todxs são bem-vindxs", usando o X nas palavras.

A nossa (boa) intenção do uso do X era transformar as palavras em linguagem neutra de gênero, ou seja, uma sugestão linguística para incluir pessoas trans que não se identificam com gênero nenhum - a língua portuguesa, assim como as latinas, tem uma interpretação global masculina. Já o feminino é local, ou seja, específico.

E quem não se sente pertencente à nenhum desses gêneros dentro da nossa língua, como faz? A intenção de querer incluir a todos em uma prática de linguagem neutra de gênero está correta. O que a Patricia Farias e a Maira Reis muito bem nos alertaram, é que está errado o modo como está sendo feito, ou seja, não se usa o X, nem @, mas sim o E.

E usar o E tem várias justificativas: ao usar o X, se inclui as pessoas trans, mas se exclui as pessoas com deficiência porque o software que elas usam para ler as telas dos celulares, o TalkBack, não reconhece o X no meio/final das palavras. Além disso, o X e o @ são impronunciáveis na língua falada e fora da bolha da internet... quem entenderia?

Então, por favor, vamos trocar o todXs por todEs. A partir de agora, adotaremos essa modalidade de linguagem inclusiva nas redes sociais The Handmaid's Tale Brasil, no Insta, no Facebook, no Twitter e no Pinterest!