A terceira hora de episódios da terceira temporada de The Handmaid's Tale lançados nessa quarta começa com June na esquina de uma rua, à espera  da sua nova companheira de compras, observa os corpos pendurados acima dela nos postes. "Eu não acho que Cora está lá em cima. Não acho que Lawrence faria isso", ela narra. Ainda assim, "se vou sobreviver a isso, precisarei de aliados. Aliados com poder.", fala bem colocada no trailer principal da temporada.

De volta à casa, Beth e a nova Marta, Sienna, estão se preparando para uma grande reunião: Aparentemente, todos os Comandantes vêm até Lawrence, porque ele não vai às reuniões - é difícil conseguir gostar totalmente de Lawrence, mas precisamos admitir: é uma grande jogada de poder. Beth e June sussurram sobre como as notícias parecem ter diminuído, provavelmente porque a maioria das Martas que sabiam de alguma coisa sobre o movimento de Resistência foram enforcadas.

Quando os Comandantes começam a chegar, não demora muito para que Fred e June estejam de papo na sala de jantar. Ela pergunta como Serena está se saindo, Fred responde com mágoa, mas June ameniza: "Ela é durona". Então ela pergunta o que ele sabe sobre Lawrence. Ele o chama de "um homem interessante" e um "visionário" que ajudou a trazer Gilead para vida, mas admite que sempre foi difícil de lê-lo. "Bem, se você não pode lê-lo, eu não sei quem pode", ela responde, voltando para o modo lisonjeiro que sempre lhe serviu bem com Fred. Quando ela o pressiona para saber mais sobre seu novo comandante, Fred diz: "Ele não gosta de ser chateado".

Quando June entra na reunião cheia de Comandantes para servir vinho, ela fica surpresa ao ver Nick sentado entre eles. Os homens estão discutindo um novo "salvamento", para que seja um castigo pior do que ser enviado para as Colônias.

Quando surge uma discussão sobre a diferença nas habilidades de gênero, Lawrence decide humilhar June zombando de sua antiga profissão (editora de livros) e depois ordenando que ela traga "The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex/ A Descendência do Homem e Seleção em Relação ao Sexo", de Charles Darwin, de sua estante. Enquanto ela está lá, vemos algumas das obras que Lawrence escreveu. Ele têm títulos como "Problematic Populism: Upheaval During the Fertility Crisis and the Long-term Effects on American Prosperity" e "The Religious Geneology of Western Economics". Ela pega o livro em questão e se ajoelha para entregá-lo a ele, que a ironiza. "As mulheres podem ser úteis", ele brinca enquanto ela sai, fazendo todos aqueles homens rirem à custa dela, isso só torna nossa tentativa de entender Joseph Lawrence mais difícil.

Mas mais tarde naquela noite, June tenta um meio diferente. Ela tenta se aproximar de Lawrence como se aproximou de Fred, "Isso realmente funcionou com Fred?" - me desculpa June, mas isso foi engraçado. Ele se pergunta como os Waterfords "não perceberam como você é transgressora" e então a refuta. June partiu da teoria de que, se conseguir que ele goste dela, ele pode ajudá-la em algum momento do jeito que fez Emily.

"Eu ajudei Emily porque ela era inteligente e poderia ser útil para o mundo algum dia", ele observa. "O que você já fez para ajudar alguém?" Ele traz alguns detalhes do passado dela - dormindo com Luke enquanto ele ainda era casado, como ela não pegou Hannah da escola quando ela estava doente - e então a chama de "inútil". Mas como June não pode sair sem uma boa resposta, "Deve ser o inferno para um homem que você", ela retruca.

"Como é tentador criar uma humanidade para qualquer um", ele reflete, depois anuncia que vai levar June para dar uma volta. Lawrence leva ela a uma cela cheia de mulheres. Elas estão destinadas às Colônias, mas ele entrega a ela o formulário e diz que ela pode salvar cinco, que serão transformadas em Martas. Ela não quer escolher, então ele diz que ela está condenando todas aquelas mulheres à morte. "Eu não sou responsável por suas mortes", ela protesta. "Você e Gilead são". Mas ele chama isso de uma "distinção técnica" que não importará para as mulheres em questão. June, ainda se recusando, volta para o carro e chora.

No dia seguinte, Nick reaparece na casa do Comandante Lawrence. Ele também é um Comandante agora. "É meu dever", explica, PORRA NICK!!! Ele se recusa a usar sua posição de privilégio para ajudar a libertar Hannah, June chora. Nick explica que está sendo enviado ao fronte em Chicago, e quer dizer adeus. Ela dá um muito curto e ele sai do quarto, mas ele espera do lado de fora até que ela muda rapidamente de ideia e vem atrás dele. Os dois se dão as mãos, então ela o puxa de volta para o quarto e fecha a porta. Nick zangado e desapontado é melhor que nada, será?

O episódio vai mais fundo com Serena, que está hospedada na casa da mãe. Rita também está lá, e ela parece estar mais próxima da triste loira de nove dedos. Rita faz uma prótese de couro para a mão de sua dona que faz parecer que ela tem todos os seus dedos; se você ouvir atentamente, pode ouvir a equipe de efeitos especiais da série dizendo "ufa!" no instante em que Serena a coloca.

Serena se junta ao círculo de oração de sua mãe e chora enquanto imploram a Deus que traga Nichole para casa. Em outro lugar, Fred faz um discurso apaixonado sobre como costumava se divertir com pequenos vislumbres de Serena quando se casaram, e como ele a perde, perde tudo. "Isso soa bem. Você gostaria de repassar?", pergunta uma mulher... e é aí que percebemos que ele está praticando o monólogo em Jezebels. Fred, Fred!

Mais tarde, Serena quer falar com a mãe sobre seu casamento com Fred, "como foi entre nós e as coisas que fizemos", mas a mulher mais velha não ouve, chamando-a de "garota mimada". Como Serena chora e pede desculpas, a mãe a sufoca um pouco mais: "Você sabe que não há lugar neste mundo para você sem Fred." E quando Serena continua a chorar, sua mãe considera "autopiedade", "a bebê está longe, e nem é sua."

Na manhã seguinte, June desce e encontra Serena na sala dos Lawrence. "Serena, só uma mãe poderia fazer o que você fez", garante June, e ambas choram. Ela acrescenta que as mulheres devem ajudar umas às outras. "Não podemos contar com eles [homens]. Eles nos odeiam, Serena", diz ela. "Eles não estão do nosso lado." Serena, infelizmente, aponta que ela tentou mudar as coisas, e não foi bem. "Eu não sou mais essa pessoa", mas June não se abala. "Talvez nós somos mais fortes do que pensamos ser.", diz ela.

Mais tarde, June dá ao Comandante Lawrence os arquivos da noite anterior. "Eu fiz minhas escolhas", ela anuncia, entregando-lhe suas cinco seleções. Então ela entra na cozinha e anuncia a Beth que terão cinco novas Martas escolhidas a dedo para a Resistência: uma engenheira, uma técnica de TI, uma jornalista, uma advogada e uma ladra.

Enquanto June fala em seu monólogo mental com sua mãe morta, Holly: "Você queria uma cultura feminista. Não é bem o que você queria, mas existe", Serena entra no mar, ela se "lava" de Gilead, uma libertação de tudo o que tenha de influência masculina negativa da sociedade que ajudou a criar.

Texto escrito para The Handmaid's Tale Brasil. Então, você percebeu algo que não está esclarecido aqui nessa review? Tem algo a acrescentar? Comente abaixo sua opinião sobre o episódio.