A convite do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC), apresentará, na próxima quarta-feira (27) em Brasília, o painel "As Armadilhas do Feminismo", em evento do governo federal para comemorar o "mês da mulher".

Segundo informações do site oficial do Ministério, o painel será baseado no livro Feminismo: Perversão e Subversão, de Campagnolo, lançado neste ano e recomendado pelo escritor Olavo de Carvalho e pela ministra da Mulher, Damares Alves.

A deputada, que também é professora, ficou conhecida nacionalmente em 2016 após processar a ex-orientadora de sua dissertação de mestrado. Campagnolo se dizia perseguida ideologicamente. Ela foi eleita deputada estadual por Santa Catarina nas eleições de 2018.

A jovem de Itajaí (SC) é uma das maiores defensoras do movimento Escola Sem Partido e, no ano passado, fez um chamado público nas redes sociais para que alunos gravassem posicionamentos de professores contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, o que a envolveu em briga judicial.

Inicialmente, o Ministério Púbico de Santa Catarina (MP-SC) pediu que a deputada tirasse o pedido de suas redes sociais. Ela recorreu à Justiça e conseguiu uma liminar autorizando a divulgação do chamado. Em seguida, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin derrubou a decisão. 

Em seu livro, ela "revê a trajetória do feminismo, confrontando as alegadas motivações e supostas conquistas do movimento com suas reais consequências na história cultural do Ocidente e, em especial, do Brasil", afirma texto do Ministério que explica o tema do painel.

A descrição ainda diz que, ao invés de "adotar a periodização consagrada que divide a história do feminismo em três ondas, Campagnolo identifica cinco fases que marcaram o desenrolar desse movimento de traços ideológicos."

Segundo o dicionário norte-americano americano Merriam-Webster, movimento feminista é "a teoria da igualdade política, econômica e social dos sexos" ou "atividade organizada em torno dos interesses e direitos das mulheres."

As "ondas" a que o texto do Ministério se refere são usadas por teóricas feministas para explicar um determinado momento histórico relevante de movimentação popular e acadêmica, onde determinadas questões ligadas aos direitos das mulheres dominaram o debate político e social.

Realizado em parceria com a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), o encontro "O Protagonismo da Mulher Jovem no Brasil", acontecerá às 14h, em Brasília, na Esplanada dos Ministérios e terá a presença da ministra Damares Alves e da secretária da Juventude, Jayana Nicaretta da Silva.

De acordo com o Ministério, o objetivo do evento é atingir cerca de 25 milhões de brasileiras entre 15 e 29 anos e "avançar e fundamentar conceitos para a temática na qual a mulher jovem é protagonista, contribuindo para a programática que visa garantir os direitos estabelecidos pelo Estatuto da Juventude".

Via HuffPost Brasil.