Emily pode finalmente ter saído de Gilead para a segurança da Pequena América no Canadá, mas se você acha que a jornada angustiante dela em The Handmaid's Tale acabou, você está enganado. 

Depois de cruzar para o Canadá e reivindicar asilo para si e para a bebê Nichole, Emily sofre para voltar à vida normal. No começo, ela estava incrivelmente hesitante em contatar sua esposa e tentar recuperar qualquer parte real de sua vida de "antes". Bledel explicou a relutância de Emily em entregar-se ao que os espectadores poderiam esperar ser seu primeiro impulso ao encontrar Sylvia e o filho Oliver, no mundo real, os refugiados frequentemente seguem esse mesmo caminho quando se encontram livres de regimes sufocantes.

"Eu consegui falar com Andi [Gitow, vice-diretora das Nações Unidas]. Pude fazer muitas perguntas sobre onde Emily estaria mentalmente, emocionalmente, e ela me ajudou a entender melhor a experiência de refugiados com suas famílias e com o que elas passam na vida real", disse Bledel ao TV Guide. "Eu acho que em grande parte eles se sentem incrivelmente isolados porque a experiência que eles tiveram é tão diferente do que os seus entes queridos têm experimentado durante esse tempo. Então, é uma grande desconexão, preencher essa lacuna leva tempo e muito trabalho de parte de todos os envolvidos... Ela está basicamente experimentando uma grande quantidade de transtorno de estresse pós-traumático, sendo meio que empurrada de volta para a sociedade e tentando se encontrar na vida familiar, se sentir como uma nova versão de si mesma novamente. Esse é um processo gigantesco e demorado que ela tem que vivenciar. "

No episódio de quarta-feira, intitulado "God Bless the Child", vimos Emily finalmente começar a dar pequenos passos para reconstruir sua família reunindo-se com sua esposa e filho. Em vez de uma reunião abrangente cheia de lágrimas e abraços, observamos Emily hesitar a cada respiração enquanto interagia com sua família. O simples ato de ler uma história para o filho dormir, que tinha a intenção de se aconchegar à mãe recém-retornada, a deixou em pedaços.

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"Suas expectativas são enormes para ver seu filho novamente", disse Bledel sobre a tentativa de Emily de encontrar sua família. "Mas ela nem sabe se o filho vai se lembrar dela, ou o que ele vai lembrar dela. O que ele vai pensar em como ela é agora, como ela é diferente. E ela realmente não tem ideia se Sylvia um dia vai entender o que ela passou ou algumas das escolhas que fez, enquanto ela mesma está tentando juntar tudo e reavaliar isso nesta nova luz em que ela se encontra." No  quarto episódio, foi lindo ver o filho Oliver respeitando o espaço da mãe "Eu não devo te abraçar até você estar pronta." diz ele. "Bom, que tal sem abraços até ambos estarmos prontos?" responde Emily. Apesar do temor de Emily em seu filho não se lembrar dela, Sylvia a manteve viva na memória de Oliver, com várias fotos de família no quarto dele.

"Eu acho que ela está profundamente quebrada emocionalmente", Bledel continuou. "E ela está tomando a decisão de não contar muito esse momento a momento porque não quer assustar seu filho ou Sylvia. E ela quer ser permitida a se reunir com ele, você sabe? Ela não quer que eles a afastem e não quer afastá-los, mas é muito doloroso para ela. É doloroso sentir boas emoções, até mesmo porque são tão estranhas para ela neste momento. E para estar aberta a isso depois de tudo, sentir isso é incrivelmente doloroso".

Bledel prometeu que veremos mais do caminho incerto de Emily de volta para construir uma vida para ela e sua família nesta temporada, então podemos esperar momentos ainda mais emocionais dela e de sua unidade familiar à frente.

Também há uma chance de que Emily possa se ver envolvida no drama político sobre devolver a filha Nichole para Gilead nos próximos episódios. "Não há como se separar dela porque foi ela quem levou a bebê para o outro lado", disse ela.