Marlow Stern, editor do The Daily Beast, esteve recentemente com Elisabeth Moss na SXSW, onde rolou uma entrevista calorosa sobre os filmes que Elisabeth Moss participou, The Kitchen, Her Smell e Us/Nós. O jornalista entrou em alguns assuntos que Moss não costuma comentar, como ela ser adepta da cientologia.

"Ouça, é uma coisa complicada porque as coisas em que eu acredito só posso falar da minha experiência pessoal e das minhas crenças pessoais. Uma das coisas em que acredito é na liberdade de expressão. Acredito que nós, como seres humanos, devemos ser capazes de criticar as coisas. Acredito na liberdade da imprensa. Acredito que as pessoas devam poder expressar suas próprias opiniões. Nunca iria tirar isso de ninguém, porque isso é muito importante para mim. Ao mesmo tempo, espero que as pessoas se eduquem para si e formem sua própria opinião, como eu. As coisas em que acredito pessoalmente, para mim, The Handmaid's Tale, e a capacidade de fazer algo que é artisticamente gratificante, mas que também é pessoalmente gratificante, nunca tive isso. The Handmaid's Tale alinha-se tão perfeitamente em paralelo com minhas próprias crenças em liberdade de expressão, liberdade de religião e sobre as circunstâncias em que este país foi construído." 

Aconteça o que acontecer, eu nunca vou tirar o seu direito de falar sobre algo ou acreditar em algo, e você não pode tirar isso de mim.

- Elisabeth Moss

Stern indagou mais, "Uma vez falei com Neil deGrasse Tyson sobre a cientologia e ele argumentou que muitas das críticas que recebe são por ser uma nova e estranha religião. Mas tenho certeza que você já ouviu as críticas desde a 'desconexão' até as somas de dinheiro que alguns adeptos foram forçados a gastar com isso. O argumento, então, é de que o que você está fazendo não é pior do que, digamos, o que a Igreja Católica fez com o abuso sistemático de crianças? Estou curioso para saber o que você acha."

Moss, continuou com seu discurso a favor da liberdade de expressão, "[...] para mim, é tão difícil descompactar em uma frase de efeito ou uma entrevista, mas vou dizer que no que acredito são as coisas que já mencionei, e acho que elas são muito importantes. Acho que as pessoas deveriam poder falar sobre o que elas querem falar e acreditar no que elas querem acreditar e você não pode tirar isso delas - e quando você começa a tirar isso, quando você começa a dizer 'você não pode achar isso', 'você não pode acreditar nisso', você se mete em encrencas. Então você entra em Gilead."

Sobre ser "a cara" de The Handmaid's Tale, nos sentimos representados com seu discurso Lizzie! "Eu não sou política - sou apenas uma pessoa e uma mulher. Eu acredito que June significa qualquer pessoa - homem, mulher, o que você quiser identificar, quem você quer amar, quem você quer acreditar - quem teve seus direitos humanos tirados, quem foi abusado, ou quem se sentiu como ela. Você pode pegar a personagem e torná-la política muito rapidamente, esse é o meu trabalho: colocar um rosto para as pessoas que não têm isso e dar voz às pessoas que não têm voz. O que é realmente gratificante para mim é quando alguém em outro país - que está muito mais perto de Gilead do que nós - é gay, vem até mim e diz: 'Eu sinto que assisti ao programa e isso me deu esperança, eu sinto que não estou sozinho'. Isso, para mim, é o que valorizo. Isso é importante para mim."

Leia a entrevista completa no TDB.