Para nós, audiência, já se passaram quase três anos desde que o final da quinta temporada de The Handmaid's Tale enviou June, Serena e seus bebês em um trem de refugiados com destino ao oeste, saindo de Toronto. Mas para a ex-aia e ex-esposa do Comandante, se passaram apenas alguns minutos.
Quando a sexta temporada começa, as duas aparentemente superaram o choque inicial de se encontrarem e estão colocando o papo em dia. June, ainda com o braço quebrado e o rosto machucado após sofrer um atentado na temporada passada, conta à Serena sobre a tentativa frustrada de Gilead de atropelá-la. Serena brinca que ambas são impopulares no estado totalitário, mas June fica na defensiva e logo lembra que elas não são iguais.
A ex-aia se irrita novamente ao acordar e descobrir que a bebê Nichole desapareceu, e descobre que Serena a levou para o vagão-restaurante com o bebê Noah. "Tira a porra das mãos da minha filha", ela grita, Serena diz que só estava tentando ajudar. Mas June definitivamente precisa de ajuda, pois quase desmaia.
Serena retorna com um médico, que rapidamente diagnostica June com uma infecção. Ela relutantemente entrega Nichole para Serena, para que o médico possa examiná-la mais de perto. Enquanto June é tratada, somos levados para Nova Belém, a nova comunidade reformada de Gilead, onde os refugiados são recebidos de braços abertos. Nick acaba de ser libertado após agredir o Comandante Lawrence por ter atacado June.
Ainda chateada por não conseguir esquecer June, a esposa grávida e designada de Nick, Rose, não está particularmente feliz em vê-lo em casa. Seu pai, no entanto, o recebe com um grande sorriso e um "Dia abençoado!". O pai de Rose é um novo personagem, o Comandante Wharton, interpretado por Josh Charles, do alto escalão de Gilead.
Wharton veio de Washington para ver como está a filha, visitar Nova Belém e dar conselhos a Nick, quer ele queira ou não. Ele parece gostar do jovem comandante, falando positivamente sobre o futuro de Nick, mas também é condescendente. E, como a maioria dos comandantes, parece que pode estar escondendo segredos obscuros.
De volta ao trem, June se sente melhor e até consegue falar com Moira por telefone via satélite. Mas as notícias em Toronto não são boas. Luke foi preso e o destino do trem de June é desconhecido devido às estações estarem superlotadas de refugiados. Serena tenta confortar June, dizendo que Luke se reencontrará com ela e Nichole em breve. Mas June a lembra que Hannah ainda está presa – e sendo preparada para se tornar esposa – em Gilead.
Encontramos Moira diretamente no escritório de Mark Tuello, onde ela o pressiona para libertar Luke da custódia. Mas Tuello não pode fazer muita coisa, já que a pequena embaixada americana que ele administra no Canadá está perdendo apoio e pode fechar em breve. O controle da Gilead está se espalhando pelo mapa dos EUA, e o Canadá está começando a normalizar as relações com a nação totalitária. Com as forças armadas americanas quase esgotadas, Mark diz a Moira que o grupo rebelde Mayday é praticamente a última esperança do país. Moira insiste em se juntar à causa.
No trem, Serena ouve, desconfortável, os refugiados compartilharem suas histórias de terror em Gilead. June está contando sua história do dia em que ela e Hannah foram capturadas, quando o médico retorna. Ele puxa June de lado para lhe dizer que Serena é uma criminosa de guerra e que um oficial está vindo prendê-la. Ele então compartilha essa informação sensível com todo o vagão – chamando-a intencionalmente de "Sra. Waterford" – levando as outras mulheres a se voltarem contra Serena.
Enquanto a tensão ameaça se transformar em violência no vagão lotado, o policial chega. Mas parece que ele também não é fã de Serena. Sua família também foi perdida para Gilead, então, em vez de prendê-la, ele a deixa para a multidão cada vez mais enfurecida. Serena não se ajuda, pregando aos seus possíveis agressores que eles perderam o país porque viraram as costas para Deus.
Enquanto isso, June se vê presa em um meio-termo constrangedor, tentando controlar Serena e manter a multidão sob controle. Com a situação prestes a ficar sangrenta, June aciona o freio de emergência do trem, fazendo-o parar bruscamente. A distração permite que Serena e Noah escapem, mas não por muito tempo. Enquanto são perseguidos implacavelmente pelos agressores, June diz a Serena que ela precisa pular, que se recusa. Assim que a multidão está prestes a alcançá-las, June empurra ela e Noah para fora do trem, que começa a se afastar.
Depois de ser ignorada pelos outros passageiros, June senta-se no chão com Nichole até que o trem chega ao fim da linha. Ele para no Alasca, onde June logo é levada para um campo de refugiados. Uma bandeira americana, com apenas duas estrelas restantes, tremula acima do assentamento. Uma voluntária médica se aproxima para ajudar o novo grupo de recém-chegados. A mulher está verificando nomes em uma prancheta quando, de repente, a deixa cair e começa a gritar: "June, June Osborne!" e, em seguida, "querida!". É a mãe de June, Holly Maddox, vista anteriormente apenas em flashbacks.
Em total descrença, June responde saindo da fila e seguindo a voz que a chama. Ela se vira para Holly e vê seu rosto. Ainda em choque, ela caminha lentamente para os braços da mãe. O episódio termina com elas desfrutando de um longo, choroso e alegre abraço, e com nós, fãs, cheios de lágrimas nos olhos.
Foi um belo retorno para a série que tanto admirarmos, com um final confortante. The Handmaid's Tale acerta ao trazer uma personagem tão emblemática e importante na vida de June de volta em seus episódios finais. Acompanhemos o restante da série!