O segundo episódio da segunda temporada de The Handmaid’s Tale apresenta as tão faladas e destemidas Colônias, para onde Unwomen/ Não mulheres, como traidoras do gênero, homossexuais, inférteis e mulheres desobedientes são levadas. Sem dúvida é o pior lugar da nação Gilead e a segunda opção a ser aia. 

A fuga de June passa em paralelo a apresentação das Colônias. Em um caminhão, é levada de um esconderijo para outro local, que na realidade é a cede da edição de um dos jornais mais importantes dos Estados Unidos, o The Boston Globe. June passará dias ali, Nick é quem dá a notícia. Mayday, o movimento contra Gilead é que está por trás da fuga, que pode demorar semanas por ter que driblar a segurança da nova nação que se instaurou nos Estados Unidos. 

June, ao explorar o esconderijo descobre que o local foi palco de um dos massacres na época da instauração de Gilead, mulheres inférteis e pessoas comuns eram assassinadas a tiro e enforcamento. A chegada de Nick parece elevar a autoestima de June, que é relutante em continuar escondida, depois de Nick a convencer a ficar eles têm algumas horas de uma estranha relação sexual. Relação essa que mostra a vontade de June em mostrar que está no poder, ou tentar convencer Nick a realizar suas vontades, uma cena com muito significado. 

Nas Colônias tivemos o desagradável deslumbre do sofrimento das mulheres retirando lixo tóxico da terra. Emily aparenta cansaço, desgaste físico e mental, junto com as outras mulheres que estão com graves feridas. Até que uma chegada surpreende a Colônia, a senhora O’Conner, interpretada por Marisa Tomei, é trazida por ter de desentendido com seu marido. 

A senhora aparenta problemas mentais, mas ainda é devota cristã fruto de Gilead. Não aceitando facilmente realizar as tarefas de retirada de lixo tóxico, Emily a indica um remédio para tratar dos ferimentos causados pela radiação. Depois de horas a senhora piorou, o que na verdade Emily tinha dado a ela era veneno. O’Conner acabou morrendo e pendurada em uma cruz em frente ao celeiro das Colônias. O ato é mais um passo dado por mulheres na luta da Resistência. 

O episódio abre espaço para os flashbacks de Emily dos tempos anteriores a Gilead, algo inedito em The Handmaid’s Tale. Inicialmente ela lembra de quando dava aulas de Biologia, presentinho para os fãs de Gilmore Girls aqui não é! Por Emily ter sido casada com uma mulher estava por ser transferida para apenas aulas de laboratório. Em uma conversa com outro professor ele a revela que também é gay, mas esconde sua opção sexual por medo de sofrer preconceito na profissão e ser rebaixado. 

Mais tarde, depois de Emily sair da sala de aula ela avista o colega enforcado do lado de fora da universidade. Cenas de Emily, seu filho e sua esposa Sylvia, interpretada por Clea DuVall, também são mostradas. A família tenta sair do país, liberados pelo governo, mas barrados pela fiscalização Gilead mesmo com a certidão de casamento, o documento não era mais válido, já que era o início de Gilead e união do tipo não seriam mais permitidas. Depois de uma emocionante despedida, apenas Sylvia e o filho pegam o voo direto para o Canadá, já Emily, sabemos o destino. 

Ao final temos June recolhendo objetos pessoais dos que trabalhavam onde agora é seu esconderijo. Ela os leva na parede que foram efetuados os disparos no massacre e pendura algumas imagens e fotos com grande significado. No chão coloca alguns objetos e faz uma espécie de altar em homenagem às vítimas de Gilead e faz uma pequena oração à eles.

Texto escrito para The Handmaid's Tale Brasil, reviews sempre as quartas, mesmo dia da entrada do episódio no catálogo do Hulu. Então, você percebeu algo que não está esclarecido aqui nessa review? Tem algo a acrescentar? Comente abaixo sua opinião sobre o episódio.